Elveda
Eu poderia te escrever uma ode
Mas não vou
Eu poderia eternizar teu nome
Costurá-lo com linha amarela em um pedaço de papel
Mas não quero
Eu poderia te dizer muitas coisas
Mas não posso
Nós não somos inimigos
Mas logo na primeira superfície
Nós dois sabemos
Que também não somos amigos
Pássaro da alvorada
Aqui eu me despeço
Você nunca se interessou pelos meus poemas
Havia apenas o seu universo
Agora vague pelo mundo
Procure quem te escreva versos
Aqui eu não farei
Você saiu submerso
Eu, morcego da noite escura
Não te chamarei de disperso
Mas para ti não mais sibilarei
Fecho as portas do meu multiverso
Vire peixe, vire água
Vire março, vire praia
Vire o que você quiser
Seja lá o que for
Minha asas não estão mais
Em marcha ré
Yolun açık olsun.